sábado, 2 de março de 2013

Conto: Branca de Neve

“Era uma vez, no tempo de inverno, quando os flocos de neve caiam como penas do céu, uma rainha sentou-se numa janela que tinha moldura de ébano negro. Ela estava costurando enquanto olhava para a neve e espetou o dedo com a agulha e três gotas de sangue caíram sobre a neve da janela. O vermelho pareceu tão bonito na neve branca que ela pensou consigo mesma: ’Eu gostaria de ter uma filha branca como a neve, com a boca vermelha como sangue, e os cabelos negros como o ébano’.

     Assim nasce a Branca de Neve, como as preces da Rainha sua mãe, que era muito vaidosa e vive se olhando em um espelho, fazendo a famosa pergunta ‘Espelho, espelho meu, existe alguém mais bonita do que eu?’ O espelho respondia que não, até que Branca de neve completou sete anos, o espelho afirmou que existia, e essa pessoa era sua filha.
     A rainha passou a odiar Branca de Neve, e queria ela morta urgentemente, e começa a conspirar para que ela morra a deixando sozinha entre outras, até que não consegue causar nenhum acidente, contrata um mercenário, para que mate a menina, e como prova do feito, lhe traga o coração, pulmões e fígado. 

     O mercenário não consegue matar Branca de Neve, mandando-a fugir para muito longe, mas para voltar, mata um animal silvestre e leva para a rainha, que os salga e manda os cozinheiros preparar para sua refeição, pois ela acredita que comendo os órgãos da princesa, iria desenvolver características como ela. Logo após comer, ela pergunta ao espelho, se ela era a mulher mais bonita, só que ele responde ‘Branca de Neve’. A rainha fica furiosa.

     A Branca encontra a casa dos sete anões, que a acolhem, e avisam que ela não pode deixar ninguém entrar na casa enquanto eles estão fora. O conto da Disney tem foco nos sete anões, mas no original, eles não aparecem com grande predominância. A rainha se disfarça de uma velha senhora, e visita a casa dos anões três vezes, na primeira, amarrando-a com rendas de segurar espartilhos, mas esta é salva pelos sete anões. A terceira visita da rainha é onde ela entrega a tradicional maçã envenenada, que é consumida pela menina, e assim cai no chão.
     Todos pensam que a Branca de Neve morreu, e a colocam em um caixão de vidro, até que um príncipe chega, e tenta beijá-la, mas nada adianta, então ele cutuca e a golpeia até que a maçã que esta entalada em sua garganta é cuspida, e assim ela consegue acordar e se casar com o príncipe.
     Em outras versões da historia, a rainha muda, sendo uma condessa ou uma madrasta, mas originalmente ela é a mãe biológica da Branca de Neve, que no final tem uma punição macabra, ela é forçada a dançar com um par de sapatos de metal, aquecidos em um forno na brasa. Os sapatos são colocados nos pés da rainha, e dança com tais sapatos de fogo até que caia morta no chão."

Moral da historia: O narcisismo é uma coisa ruim, e a iconografia religiosa da maçã envenenada é difícil de ignorar, pois ela representa o conhecimento proibido e crescimento intelectual, atingir a fase adulta física não significa que esteja preparado emocionalmente para isso.

Traduza/Translate

Contador